terça-feira, 15 de março de 2011

Voltar

De repente, abrem-se os olhos na inesperada escuridão.
Pânico, confusão, medo!
Contrario a vontade de voltar a cerrar as pálpebras e logo entendo que a luz não entra quando as janelas estão fechadas.


C.Babo

7 comentários:

  1. Desculpa mas vou criticar...

    Pareceu-me isto "a fazer poesia do nada", ou seja um sentimento mal explicado. De facto nota-se que há uma certa perturbação qual tem de ser exposta para o papel, possivelmente é solidão, não sei, mas é necessário descrever mais vivamente o motivo pelo qual se desenvolvem as palavras do poema. sé não parece estar muito vazio o seu conteúdo. (digo eu)

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  2. Desde já agradeço a tua crítica. No entanto, devo dizer que penso não a ter entendido bem. Para te conseguir responder preciso que me repondas antes a outra questão. Dizes que "é necessário descrever mais vivamente o motivo pelo qual se desenvolvem as palavras do poema" e eu pergunto-te: Porquê? Para quê? Para quem?
    E não, não escrevo poesia...
    Fico à espera de resposta. : )

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  3. "Escrever é batermo-nos com tinta para nos fazermos compreender - Jean Cocteau"

    Mas agora digo eu! Tudo começa por um pensamento, persistente e firme, qual não vai embora sem cobrar o seu preço... Vais expressar-te verbalmente com alguém a quem confias... E que? Pensas que ajudara? Não...

    E vais escrever, mas já tendo em conta que quando as palavras tocarem o papel - nascera a "poesia" ou uma "mensagem" sobre qual tu serás altamente responsável...

    Porque? Porque a escrita traz saber para as mentes e a luz para as almas perdidas. De século a século, da geração a geração. E as palavras que tu escreves também podem trespassar os séculos e tocar alguém, e mesmo por isso nunca podem ser vazias!

    Para que? Para fazer este mundo um bocadinho melhor. Para verdejar com as tuas palavras as manchas cinzentas que a vida tem, mas também para provar que "a tristeza também tem direito de existir"...

    Para quem? Em primeiro lugar para si próprio. Agora podes não perceber, mas basta continuares e a compreensão chegará sozinha... Escreve para aquele que esta a procura, para aquele que quer viver e sentir os novos e lindos momentos da vida.

    P.S. - Há pessoas que sabem e compreendem muito mais do que parece... E esses é que vão ler. Os restantes são a massa cinzenta qual não sabe para que vive...

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  4. Não podia estar mais de acordo com todos os argumentos que usas. A questão é que continuo sem entender o porquê de classificares as minhas palavras como vazias. Poderás dizer que peco por ser pouco óbvia ou por me explicar de maneira pouco descritiva mas ofende-me até que ponhas a hipótese de não existir conteúdo no que digo. Se há algo que me caracteriza é pôr em tudo o que faço um pedaço de mim. Ainda que falhe ao transmiti-lo.
    Creio que este pedacinho de texto nem merece tanta reflexão mas fico feliz por me teres posto a pensar e acredita que terei em conta a tua crítica.
    Obrigada.

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  5. Eu critiquei porque achei o texto mesmo pouco discretivo... E de maneira que as palavras são mesmo fortes e transmitem a tua perturbação, surgem logo imensas perguntas de tipo "o que é que esta acontecer?". Apetece logo ler uma continuação disto para perceber melhor o sentido de tudo isto. Mas o poema ai acaba... E mesmo isso é que me provocou a critica. Não podes levar uma critica como ofensa, porque é apenas critica, de ai não passa... Porque na verdade que se deve preocupar com poemas, para os perceber, é o próprio leitor! O autor esta sempre livre de inventar...

    Relativamente a este pedacinho de texto não merecer tanta reflexão, pois não tens razão. Sim merece! Merece porque transmite muito sentimento e não é nada igual aos outros, parece ter muitos cantos afiados e pica com eles e faz pensar...

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  6. Entendo-te. E não te preocupes, aceito bem críticas como a tua, bem fundamentada e construtiva.
    Penso é que não chegaste a entender que a ideia era mesmo não "contar a histórinha toda". Para mim, está lá tudo e para o leitor está o que ele quiser que esteja... Para ti, pelo que me dizes, foi solidão. É legítimo que assim o interpretes quando, realmente, não dou mais pistas sobre o que falo.
    Como estudante de artes visuais estou muito treinada para não guiar demasiado os receptores das minhas mensagens e deixa-los livres de interpretar - palavra que adoro. Disse Henry David Thoreau “It's not what you look at that matters, it's what you see.”.

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